sexta-feira, maio 31, 2013

por ti cometeria os pecados mais singulares III

o que resta de nós são poemas
a casa imersa em sílabas
este céu plácido de silêncios
nenhum, nenhuma
nada mais somos do que não fomos
o que resta de nós são poemas
a escrita impura das ausências

7 comentários:

Cris de Souza disse...

Poema impecável! Pra variar...

Beijão, mestre.

José Carlos Sant Anna disse...

O tempo passa e a dicção mais que perfeita!
Abração,

Lídia Borges disse...


Reconfortante é caber no aconchego dessa "casa imersa em sílabas" não obstante as ausências que maculam a escrita.


Beijo

Anônimo disse...

"nada mais somos do que não fomos". Cê me pega de jeito, poeta...

Beijo.

Fred Caju disse...

É meu nobre... Quase nada sobrou...

Tania regina Contreiras disse...

...e eu continuo querendo cometer singulares pecados, que isso é pura poesia!

Beijos,

Unknown disse...

nenhum nada e a escrita de ausências: remanescências reminescentes - e tudo se faz pleno.

abraço, poeta!