terça-feira, janeiro 07, 2014

Das odes imperecíveis

I

Eu habitaria a face da tarde
Com teu silêncio
Desenharia o arrebol mais
Perfeito em seda e pele
E fio por fio
Desvendaria este rio
Com a sede do infinito
Que há em astros e lábios

II

Não é o mármore da pele
Que me acolhe as mãos
É ainda o aprendizado do vento
Este solene fluir de vértebras
Que o tempo instiga nas retinas

11 comentários:

Cris de Souza disse...

Odes em orbes!

Beijo, mestre*

Lídia Borges disse...

"É ainda o aprendizado do vento
Este solene fluir de vértebras
Que o tempo instiga nas retinas"

Não é só o dito. É sobretudo o modo como é dito. Inigualável!

Bj.

Tania regina Contreiras disse...


Para sempre meu poeta de todos os belos poemas. Todos!

Beijos,

ÍndigoHorizonte disse...

Me gustan las dos odas pero la primera me parece tan especial, tan suave e intensa y arrebolada... ¡me gusta tanto la palabra arrebol y la palabra silencio que quizá sea por eso que me gusta tanto la primera!

Un beso, Assis.

Teté M. Jorge disse...

Ufffffffffffff... se me permite, queria levar para o Sedimentos, ainda hoje. Poderia?

Beijos extasiados.

Ira Buscacio disse...

odes imperecíveis se guarda na manga
grande trunfo!

mais uma beleza sua, só sua,
bjão, poetaço

José Carlos Sant Anna disse...

É o tempo e o vento gritando na face da tarde!
Abraços, poeta!

Teté M. Jorge disse...

Obrigada, poeta!!! ;)

Beijos.

Ana Cecilia Romeu disse...

Silêncio a ser desvendado,
tempo que o vento leva e trás,
o mesmo que ser presente, mais do que se fazer presente.


Assis, vou deixar a mesma mensagem que coloquei no faceb. aqui também, tá bom?
Feliz aniversário! Muitos poemas e tantas vidas que couberem da palma da mão até às nuvens.
Grande beijo de parabéns!

Até.

dade amorim disse...

Um dos mais bonitos poemas que já li de tua autoria, Assis!

Beijo

Unknown disse...

a palavra é feminina nesta voz que toca e encanta, fio por fio, como a mais delicada seda de um oriente feito de sentidos.
o poema é todo ele uma mulher junto da implacável sede de infinito do poeta.

belíssimo, caro assis; um abração!