terça-feira, julho 01, 2014

teu olhar em amsterdã

depois do breakfast
nos reunimos em olhares
faiscavam salivas
era tudo anunciação
eu tive que me
despedir da manhã
enquanto miravas o sol
a solidão de esperar a viagem
me entorpecia os passos
eu queria uma gare tranquila
para ancorar o destino
mas tive que partir
com teu olhar em amsterdã




Um comentário:

Cecília Romeu disse...

Muito belo, Assis!
Interessante que escrevi um conto ambientado em Amsterdam e também levando em conta o desejo do eterno, mas que se torna passageiro. Vou deixar o finalzinho apenas por curiosidade.
Beijos!

- Teias e veias -

Sabes tu que foste minha teia, por um máximo espaço entre a minha e a tua boca, onde em câmbio me fiz teia em ti. A capital cosmopolita a gritar mundos e impressionismos em forma de gotas de conveniência, um pouco de carne e outro tanto de desejos. Mundos em volúpia contidos por rodopios de silêncio e abnegação.
Escute-me bem, meu amigo, agora retornarei a casa. Levarei comigo um par de luvas de tamanho maior. Deixo-te minha espontaneidade atrevida impressa pelo avesso, e o número do meu telefone para atiçar prevenções. Quero que jamais esqueças que um dia fomos teia a oeste, veias ao sul e Amsterdam em corpo inteiro.

- Ana Cecília Romeu -